Rumos

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Pessoal, faz tempo que esse blog tá meio parado. Esse post é para justificar: o projeto acabou, o livro tá pronto, devagarinho vamos tentando viabilizar o lançamento… mas, enfim: enquanto isso não acontece vamos tocando a vida. Daqui pra frente, esse blog ficará mais lentinho, porque eu (Tati) me dedicarei ao Passiflora, recém-criado blog pessoal.

De vez em quando dou um pulo aqui para ver como é que estão as coisas e atualizar os leitores e admiradores do fantástico mundo da contracultura.

Para ler sobre outros universos, vai lá: www.flordomaracuja.wordpress.com

Tati


Psicodelia brasileira recomenda: festa-show aniversário de Lanny Gordin

“Lanny é uma das mais profundas e ricas musicalidades do Brasil. Quem quiser aprender guitarra tem que ouvir Lanny Gordin.” (Jards Macalé)

“Influenciado pelos guitarristas Wes Montgomery, Joe Pass e Jimi Hendrix , mas também atento à grande música do mundo (de Bach a Luiz Gonzaga), Lanny Gordin é um primeiro-sem-segundo na guitarra brasileira.” (Chico César)

O Lanny é um grande músico. Lembro de ver ele sair tocando baixo, sem jamais ter estudado esse instrumento. Ele ainda não teve condições de botar para fora nem um terço da música que ele tem dentro dele. Eu torço para que o Lanny fique cada vez melhor para poder fazer isso”. (Hermeto Pascoal)

Dia 28 de Novembro de 2008 o Projeto Maravilhas Contemporâneas em sua 1a. edição realizará a Festa-Show de Aniversário de Lanny Gordin, em comemoração aos 57 anos de vida do lendário guitarrista brasileiro. Filho de pai russo e mãe polonesa, Alexander Gordin nasceu em Xangai, na China. Aos 16 anos já tocava na boate paulistana de seu pai, a conhecida Stardust, com músicos como Hermeto Pascoal e Heraldo do Monte. No fim dos anos 60 e inicio dos 70 participou das gravações de discos antológicos de grandes nomes da música brasileira como Brazilian Octopus (Fermata – 1969), Suely e os Kanticus (Ki Bacana e Esperanto – Philips, 1969), Gilberto Gil (Gilberto Gil, Philips – 1969 e Expresso 2222, Philips – 1972 ), Gal Costa (Gal Costa, Philips – 1969, Le Gal, Philips – 1970 e A Todo Vapor, Philips – 1971), Erasmo Carlos (Carlos Erasmo, Philips – 1971), Tim Maia (Chocolate e Paz, Polydor – 1971), Eduardo Araújo (Nem Sim Nem Não, EMI – 1968), Jards Macalé (Jards Macal’e, Philips – 1972), Caetano Veloso (Araçá Azul, Philips – 1972), Rita Lee (Build Up, Philips – 1972), Aguilar e a Banda Performática (Carioca Canibal e Tribo, Neon Phonográfica – 1982), entre outros. Depois do período em que ficou conhecido como o guitarrista da Tropicália, Lanny passou a década de 80 no anonimato, com raras aparições, até que em meados da década de 90 ele reaparece em trabalhos de “novos” artistas como Chico César (Aos Vivos, Velas – 1995), Vange Milliet (Vange Milliet , Baratos Afins – 1995), Chico César (Cuscuz Clã, MZA – 1996), Catalau (Catalau, Baratos Afins – 1999), Jards Macalé (O Que Faço é Música, Atração – 1998), Itamar Assumpção (Pretobrás, Atração – 1998), e outros. Finalmente, nos anos 2000 Lanny começa a gravar seus próprios trabalhos. Antes tarde! Graças `a atenção dada por Calanca, proprietário do selo Baratos Afins, responsável pelo registro de muitos talentos da cena musical independente, em 2001 saiu o CD Lanny Gordin (Solo)(Baratos Afins) e em 2004 mais dois CD’s, Projeto Alfa vol. 1 e 2. Lanny Duos (Barraventoartes/Universal – 2007), o CD mais recente, conta com a participação de antigos parceiros como Jards Macalé, Gal Costa, Gil, Caetano Veloso e outros mais “recentes” na cena musical como Arnaldo Antunes, Edgar Scandurra, Max de Castro, Chico César, Adriana Calcanhoto, Junio Barreto, Fernanda Takai, Vanessa da Mata, Péricles Cavalcante, Rodrigo Amarante e Zeca Baleiro.

E na ocasião de sua Festa-Show de Aniversário, Lanny Gordin, acompanhado da banda Madder Trio (Maurício Madder na bateria, Marcio Mutalupi no baixo e Antônio Valdetaro na guitarra), interpretará canções das quais participou das gravações originais, standarts do jazz e suas próprias composições.

Tudo num clima bastante descontraído, para comemorar os 57 anos deste mestre da guitarra no Brasil, santo-coringa na história da música brasileira. Imperdível!

A César o que é de César

Festa-Show de Aniversário de Lanny Gordin.

Dia 28/11/2008, sexta, `a partir das 22h.

Local: C.C.P.C (Centro Cultural Popular Consolação). Rua da Consolação, 1901 – Consolação. São Paulo. Estacionamento ao lado (preço único R$10,00).

Convite: R$ 15.

Informações: 7574 9081/ 2894 7811( Emerson Negão)/ emersonnegao@gmail.com

Assessoria de Imprensa: Edson Lima.

Realização: Projeto Maravilhas Contemporâneas

Produção: Emerson Negão.

Apoio: CCPC (Centro de Cultura Popular Consolação), O Autor na Praça.


Notícias

“Olá Aline, Ana Paula e Tatiana. Venho aqui para parabenizá-las pelo belo trabalho que fizeram. O descobri num sebo e agradeci à Deus por ele ter parado em minhas mãos. Um documento desses não tem preço! Tenho também um livro publicado pela Conrad Editora (O Diário da Turma), escrevo em alguns blogs e tenho o meu As Efemérides do Rock Brasileiro. É de grande valor para minhas pesquisas o que vcs fizeram. Espero não perder contato com vcs e que continuem esse lindo trabalho.
Mais uma vez parabéns!”

Nossa, foi com muita surpresa que vimos o comentário de Paulo Marchetti. Ele comprou nosso livro num sebo. Como assim? Assim.

Imprimimos apenas 18 exemplares do livro. Cada um deles custou R$ 100. Por isso, selecionamos muito as pessoas que receberiam um exemplar. Gostaríamos de ter enviado um livro a cada uma das pessoas que colaborou, e a lista é longa – dá só uma olhada nos Agradecimentos, à direita. Infelizmente, não deu. Optamos por distribuir o livro para editores importantes e pessoas que poderiam abrir caminhos para um eventual lançamento. Esse foi o raciocínio: vamos otimizar esses poucos exemplares, porque se lançarmos, aí poderemos dar para todo mundo. Além de alguns editores, há exemplares com alguns jornalistas, com nosso orientador e com os membros da banca. Nem nós temos mais livros.

Pois bem: agora, descobrimos que alguma dessas 18 pessoas deu – ou vendeu – o livro para um sebo. Ficamos passadas. O Paulo foi o sortudo que achou nosso livro à venda, pelo preço de um livro usado. Não teve dúvidas. Levou. Leu, gostou, e comentou por aqui. E então, resolvemos investigar. Por coincidência, o sebo que ele comprou fica no mesmo bairro em que eu moro – saí do trabalho na sexta e fui direto apurar. O dono do sebo lembrou do livro, da compra do livro, mas não quem o vendeu. Ficou encafifado, assim como nós.

Quem será?

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Tati

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ps.: embora a ida ao sebo não tenha esclarecido o mistério, saí de lá com um disco Orós, de Fagner. Nunca tinha ouvido, e me impressionei. R$ 20. O disco, de 1977,  tem arranjos de Hermeto Paschoal e participação de feras como Robertinho do Recife na guitarra, Chico Batera na batera, óbvio, e Dominguinhos no acordeon. A sonoridade é experimental, psicodélica e maluca, em composições do próprio Fagner em parceria com gente do naipe de Cecília Meireles, Capinam e Belchior. Orós é a cidade em que Raimundo Fagner nasceu, no Ceará, no mesmo dia do meu irmão (13 de outubro).

ps2: bom, pelo menos o nosso livro foi para alguém que está fazendo bom uso. Paulo está usando o livro como fonte em pesquisas sobre música brasileira. O blog dele é esse: http://paulomarchetti.blog.uol.com.br/