Documentário sobre Arnaldo Baptista

Da Folha Online:

Festival aplaude biografia sobre Arnaldo Baptista

O filme mais aplaudido na disputa da Première Brasil no Festival do Rio 2008 não é uma ficção e não será lançado nos cinemas. O documentário “Loki -Arnaldo Baptista”, de Paulo Henrique Fontenelle, foi ovacionado pela platéia (de pé) durante cinco minutos, no sábado à noite, no Cine Odeon.

Primeiro longa-metragem produzido pelo Canal Brasil, o título estreará exclusivamente na grade da emissora. Exibições em salas serão restritas a outros festivais.

“Tenho minhas dúvidas se todo documentário tem que ir para o cinema. Acho que a gente tem que investir e apostar no caminho do documentário na TV”, afirma o produtor-executivo do filme e gerente de marketing e novos projetos do Canal Brasil, André Saddy.

Cinebiografia do músico Arnaldo Baptista, o longa revisita sua história, desde a criação dos Mutantes até a rotina atual, dedicada às artes plásticas, na casa em que vive, em Juiz de Fora, Minas Gerais.

No início do filme, Arnaldo Baptista cita os grandes capítulos de sua vida –“o acidente e quase morte, a paixão pela cantora Rita Lee, os Mutantes” etc.– e dá início à pintura de um quadro em que representará “as partes de sua identidade como uma evolução”.

No centro da tela, ele escreve “sinto muito”. É uma expressão de duplo significado, como explicou, no dia seguinte, à Folha: “Meu modo de ser é levado por essa frase, que envolve o fato de pedir desculpas e o fato de eu possuir uma sensibilidade acima de uma certa etapa”.

As relações de amor de Baptista –tanto com Rita Lee, cujo rompimento derivou no fim dos Mutantes, como com a atual mulher, Lúcia Barbosa– compõem o cerne do documentário, ao lado da trajetória da banda, recuperada em arquivos de foto e vídeo.

Sobre Rita Lee, que ele começou a namorar na adolescência, quando ela lhe “lembrava a Michelle, do The Mamas & The Papas”, Arnaldo diz: “Eu tinha um gosto que talvez não conseguisse expressar por ela. Foi a minha primeira mulher. [O universo feminino] era algo misterioso para mim”.

A respeito de Lúcia, fã que cuidou dele nos três meses de internação hospitalar, após sua tentativa de suicídio, em 1982, e a quem ele chama de “minha menina”, Baptista afirma: “A força de Lucinha ia entrando em mim e eu passei a ver a enorme diferença que existe entre o homem e a mulher”.

O diretor diz que tentou ouvir Rita Lee, que se recusou a falar, “mas foi solícita em liberar as imagens de arquivo”.


Psicodelia brasileira recomenda: Psicodelia no Auditório Ibirapuera

VIOLETA DE OUTONO TRAZ ROCK PSICODÉLICO AO AUDITÓRIO IBIRAPUERA

Cultuada banda paulistana apresenta último trabalho, Volume 7

Com 23 anos de estrada, muito lirismo e psicodelia, a banda Violeta de Outono incorpora influências de bandas inglesas dos anos 70, como Camel, Caravan e Soft Machine, no palco do Auditório Ibirapuera.

No repertório seu sétimo disco, Volume 7, com oito composições novas que destacam o trabalho do órgão Hammond, órgão elétrico desenvolvido por Laurens Hammond como uma alternativa de baixo custo ao órgão de tubos. O instrumento acabou sendo usado para o jazz, blues e então para uma extensão do rock and roll, nas décadas de 1960 e 1970.

No palco os músicos Fábio Golfetti (guitarra e voz), Cláudio Souza (bateria), Fernando Cardoso (órgão Hammond, piano e moog) e Gabriel Costa (baixo).

O show contará ainda com as participações especiais de Manito e André Peticov. Manito integrou o Som Nosso de Cada Dia, banda brasileira seminal dos anos 70 e também foi o criador dos Incríveis, ao lado de Netinho, nos anos 60. Andre Peticov ficou conhecido por fazer os cenários e efeitos visuais nos shows psicodélicos do Mutantes ao lado do irmão, o artista plástico Antônio Peticov.

O Violeta de Outono surgiu na metade dos anos 80, em São Paulo, e se manteve fiel ao seu som, fazendo uma música que mistura rock dos anos 60 ao experimentalismo do rock progressivo dos anos 70.

A banda é conhecida por seu som hipnótico de influências psicodélicas, e suas apresentações ao vivo são sempre marcantes devido à atmosfera viajante e às longas passagens instrumentais, levando o público a um estado de transe.

Dias: 30 de Março de 2008
Horário: Domingo, 18h
Duração: 90 minutos (Aproximadamente)
Ingresso: R$ 30,00 e R$ 15,00 (meia-entrada)
Gênero: Rock Progressivo
Classificação Indicativa: Livre

Programação:

Volume 7
Participações especiais: Manito e Andre Peticov
Parcerias: Hammond, Suprisul e Kiss FM


Ar-now-do Baptista! Mais do que recomendação

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Saiu hoje no JT!

Ex-Mutantes lança livro de ficção científica

São Paulo – Além de uma música revolucionária, que mudou a face dos anos 60 e ecoa ainda hoje, o ex-Mutante Arnaldo Dias Baptista faz desenhos, quadros e camisetas que dá de presente aos amigos. Agora, uma nova faceta de sua carreira multimídia vem à tona: a literatura. A Editora Rocco lança no início de abril o livro Rebelde Entre os Rebeldes, uma ficção científica de Arnaldo que foi escrita há mais de 20 anos, mas permanecia inédita.

Tem um disco antigo do gaúcho Ney Lisboa, uma espécie de Tom Waits sulista, intitulado Pra Viajar no Cosmos Não Precisa Gasolina, de 1983. Não há expressão melhor para definir a ficção de Arnaldo Baptista. A viagem interplanetária do Príncipe do País dos Baurets é totalmente delirante, uma espécie de Star Wars hippie, escrita num ritmo e linguagem que não existem mais, de tão delicados e fluentes.

“Eu não sei se essa experiência já ocorreu com você, leitor, mas às vezes estou andando ao lado de um amigo em plena Avenida Nossa Senhora de Copacabana ou qualquer outra grande avenida, com a fortíssima materialidade das lojas me levando a só acreditar no que se vê e, apesar disso, sinto algo especial”, escreve Arnaldo.

Em maio de 2006, ao lado de seu irmão Sérgio Dias, Zélia Duncan e Dinho Leme, Arnaldo ressuscitou por um breve período, um ano, o sonho psicodélico chamado Mutantes. Durou pouco, mas reanimou um pequeno exército de maluquetes bacanas. Com seu livrinho temporão, mais eflúvios deverão vir à tona. As informações são do Jornal da Tarde (AE)

God Save the King!

Aline


Depois da tempestade…

Que legal ver que o trabalho tá repercutindo assim! Muito massa!

A gente ADORARIA dar livros pra todo mundo, pra todos os nossos entrevistados, mas por enquanto, não rola. Por enquanto, cada impressão sai R$ 100 (preço da gráfica!!). Se alguém ainda quiser comprar mesmo assim, manda email. Se não, vamos ajudar a fazer pressão pra alguma editora lançar o livro e, aí sim, ele chegar às lojas com preço justo!

Bom, a apresentação está marcada para segunda (10) às 21h, na Cásper Líbero. Nossa banca será composta por:

Okky de Souza, editor da Veja, ex-repórter da Rolling Stone de Luís Carlos Maciel e responsável pela biografia oficial de Roberto Carlos;

Pablo Miyazawa, editor da Rolling Stone

Luís Mauro Sá Martino, professor da Cásper

Pessoas de fora podem vir assistir, mas precisam nos passar os nomes.

Desejem sorte! Queremos muito que esse trabalho chegue pra todo mundo.

Tati